quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Éducaráí

Me embrulha o estômago vê-los
Gente importante fugindo de CPI
Crianças sem merenda em má escola
Povo matando a sede de bola
Tentando copiar um progresso falido
Vendo nego reclamando de atraso
Parado em avenidas interditadas
O fluxo do Natal não pára
É amigo-x descontado em folha
Uma folha pregada nas costas
Viram livros de verdade
Engolindo suas próprias mentiras
Fingindo um conforto eterno, celestial
Doando a vida em troco da morte
Trabalhando e consumindo, sem norte

Necessidade de desaprendizagem
O útil é rever tudo o que dizem
Ver até aonde a mentira conforta
Uma massa de dar dó, aberta em camadas
A explosão gera renovação
Implosão põe tudo abaixo
Consciência são os pilares
Quanto mais absorção, mais pilar
Salve o teu povo, Senhor
Leve-o para bem longe de mim!
Profetas do apocalipse falso

Hoje sei o que é eterno, e isso não é!
Aproveite. Reorganize-se.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Cruel

O cheiro do verde misturado em chuva
Cortando o vento em pensamentos vermelhos
Olhando por quem ignora
Olhado por vistas-grossas

É de doer ver onde chegamos
Indo's em destino's em saber a dimensão
Incompreensível busca pelo excesso
Exceção de seres medíocres

Esses são os valores, postos
Feitos de matéria à frio
Esquecendo-se da luz antiga
Afastados de qualquer amor ao próximo

Repousam suas belas bundas em nossas cabeças
Há quem cheire e há quem levante o dedo
Haja paciência pra inutilidade
Quem sustenta sem piedade


Mais genial, mais marginal
Paralelo e meridiano
Conhecimento e origem
Conquista de paradigma pessoal,
porém não individual!