segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Cu-me

Ainda que se pensasse em moral
O dinheiro que possuem conforta
Seus possíveis pesos de consciências
O homem se aproxima do que o justifica
Criam bandeiras, lutas e massas próprias
Adotam jargões e adjacências
Pra nem mais nisso pensarem
Não lhes sobra tempo crítico
Só resta a opção gozar

Isso não é problema deles
Também não tá querendo que abram mão, né?

É de dar dó
Não deles.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Dispor porção

Mesmo com a passagem trocada
Guardo no meu bolso e troco pela caminhada
Caminhar é como escrever
Organiza a mente, nos faz espectador
Por o corpo em exercício à alma

Gosto do sol pós almoço
Aquele bem disposto, bem dormido
O verão tem ficado pra mais tarde
Culpa de ninguém, só chuva mesmo

O pedal de fim de tarde corrida
Rush próprio de calmaria pela cidade
Compensa todo o translado

Mata-se sede e fome
Um grude bom nela

E recomeça a jornada.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Saudosa maloca

Cansado do desbunde
Do que pesa pro humor
Nada se vê de sadio

-Tem vontade de ser arredio
Mas transpira pelo mudo à fora
Adora quem ri das pesagens
Passadas por cima de qualquer cadáver
Nem que esteja morto!-

Esperar  pelo pior,
Manter o pé atrás
Nunca foi de meu agrado
Cerceia a vontade de se estar
Bom é o sossego de quem tem
A liberdade "à moda da casa"

Maloca querida!

O egoísta passa longe de ser malandro
Safa-se quem faz bem além de um
A base de apoio é fundamental
Não pra se ter uma pirâmide,
Por melhor ser um círculo.

Oo°.0