segunda-feira, 19 de abril de 2010

sou

Se os gênios não tivessem se lançado
Se mártires não tivessem gritado
Se tivesse falado mais menos
Ou se fosse menos mais

Quem sabe seria menos mal
Quem sabe teria sido melhor
Quem sabe de tudo o que seria
Não sabe nada do que é

Nem como começou, terminou
Quiçá onde foi parar
“Quem sabe se” apenas deixa
Deixa tempo, coisas, pessoas, a vida.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ces't la vie

É ano de eleição e copa do mundo.
Arrisco-me a comparar e dizer que nossas vidas, por vezes, lembram uma candidatura e uma copa do mundo.
Estampamos nossos rostos e nossas propostas, talvez que até contenham uma dose ideológica, em "santinhos" e outdoor's por aí buscando aderência de seres similares, simpatizantes de idéias em comum, interesses, razões, sentimentos. As vezes nem fazemos campanha!
Passamos parte de nossas vidas treinando forte, simulando em sonhos o momento glorioso de levantar a tão esperada taça. Em nosso time sempre tem o dia de corpo mole, o dia de por gelo onde dói, dia de defender, de marcar(,) gols, por a faixa e gritar. As vezes entregamos a faixa e choramos (ato nobre, que também tem sua glória). Fair Play!
Certo é que sempre encontramos eleitores desacreditados e candidatos desonestos. Jogadores maldosos e árbitros filhos de pais desconhecidos. E por mais que algumas vezes os avistamos recebendo prêmios indevidos, temos que lembrar dos caminhos percorridos, de suas dietas alimentares de vistas grossas engolidas a seco, e aonde estes foram parar quando suas máscaras cairam.
Olhar pelo retrovisor e ver que ser você é a melhor campanha, por mais que se pague o preço de ser diferente e que não corresponda às expectativas alheias. Uma hora chega a hora de por as duas mãos na taça, aplaudidos por todos aqueles que torceram o tempo todo. E torcer pra que aqueles que não, guardem a lição de como se conquista a vida, não necessáriamente percorrendo o mesmo caminho, lembrando de que cada um faz o seu e que apenas levem consigo uma lição de que é impossível agradar a todos. E o que importa é ser agradável a si mesmo e a quem mereça parte de sua atenção.
Lembrar que de tempos em tempos temos eleições e copa do mundo.
Daí abrir as palmas das mãos, e poder contar nos dedos todos aqueles que são seus verdadeiros eleitores e torcedores, e ainda assim notar que sobram dedos pra se contar. Lembrando de alguns que já fizeram parte dessa escalação, que não fazem mais, não por maldade, mas sim por escolha do acaso ou do destino.


Estranho! Pensei que fosse poesia, mas deu prosa.