domingo, 29 de abril de 2012

O Tarzan de Noel

Olheiras fracas de pele pálida
Das noites não separa
Um abraço forte na vontade
Porcentagem incalculável
Como se possível fosse

A canção que toca pra ti, mulher
Pode ser a mesma da rádio
Que nem sempre transmite frequência
Mas que por pertinência
Arromba-lhe ouvidos e boca

Sei do olhar da flor, da direção do vento
Que por sinal tem fluído na vertical
Como um faixo de abdução
Feito táxi em bandeirà dois mais tarde
Antes que o sol reapareça

16h.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Gahiato

Emalabar a si
O chá, pré-emprego, a missa e aponte
Emaranhar a ti
Fósforo e álcool

Vitalidade diuturna
Colecionador de fatos
Artefatos da mais nobre vida
Embora em pobre se dá

Simplicidade ligando cidades
Arcos de sustentação sobre o mar
Água, sal e pedra
Um descuido e... exposição

Fora as demais coisas.
Urge!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

...de testar, de ter gente.

Pessoas descartam umas as outras
Julgando serem insuficientes para si
Deixando de lado todo ar da graça
Pondo a perigo o melhor da vivência

Covardes, nem se atrevem a observar
Olham e viram o rosto pr'outro futuro
Como se desprezassem um fruto podre
Prato banal de comida num dia de domingo

Não se sentam à mesa, só puxam a cadeira
Nem lavam as mãos, apenas como simbolismo
Sujos, fétidos, usam máscaras e o indicador
Dão um banho nos outros, em si, não

Saem por aí procurando o que não serve
Desejando o que lave, leve e leva
Caminham no mesmo carpete dos dignos
E mesmo assim não conhecem todo o salão

A ti só resta o que é, resumo grosseiro
O orgulho ter por derradeiro o encanto
Nem sua pseudo-lágrima a limpa, inpurifica
E nem ao barro volta, vive de areia pálida.

(À luz da Rainha que sorri. Obrigado!)

sábado, 14 de abril de 2012

R. San Paio - 103

Pelos labirintos negros
Por onde toda essa gente passa
De churrasquinho à cachaça
A voz, a letre-canção

O Centro da beleza
O lado escuro, de lá, que ninguém vê
Quem está, sabe o porquê
Sabe o quê onde pisa

Zanzando de bonde
Cochilo do ponto, f/sinal
É a boca seca da manhã
Engolindo a noite ébria

Como ir ao berço
Acompanhar o filho
Meu filho, minha filha!


terça-feira, 10 de abril de 2012

Tamanha

Tás a ver quem não vê encanto
O olho de quer um canto
pro seu mundo só viver
Faz é ver quem que só corre
Mas nem sempre socorre
Pondo tudo a perder

Difícil tais sansões, descuta as canções
que faz meu sangue pulsar
De tanto envelhecimento
Deu um trago no cimento
Fez o coração parar

Dá vontade de contar pr'essa loucura
Que a conta que pendura
Não se pode nem sanar
A rosa que ajudou de ida e volta
Pôs toda a gente em nota
Pra poder então trovar

Me ver
Vou viver
Jaz a ter sem querer
M'eu eterno ecoar

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Inda

Cochilando pelas ruas
Distante o corredor
Mirante a cheia da lua
Seu cangote tentador

Viagem de mudança
Enfim o sol se cansa
Abre em brisa nessa data
Se mistura na mulata
Meu suor pecador

É noticia no plantão
Todo mundo se agita
Quando avista o coração
Não há humano que resista
o gingar de sua canção, querida

Guarda a luz do pensar no bolso
Faz do direito de penar um impulso
Devolve em peito o pedaço
que de cá fora levado
Mas não de todo arrancado.

domingo, 1 de abril de 2012

"São Torquatro"

Asilo inviolável
Quando o lar se trata de coração
Como se corresse atrás do próprio rabo
Não há atalho/trilha, é mesma trilha/atalho

Só não sabe disso quem não quer ver, porque:
"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida" (Poetinha Vagabundo)

Agora jaz cabelo branco
Partindo do canto à poesia
Do papo à melodia
No Corpo há sintonia

Um gole farto desse vinho
Da melhor uva
E coma
cama

Pescoço.