segunda-feira, 13 de maio de 2013

Desfarrapada

O que poderá ser deste
Se não mais enxerga o lado
Se já não amarra o sapato
Exala em notas as vontades

Não mais lê o jornal
Apenas compra as notícias,
a opinião e a desculpa

Discurso na ponta da língua
O mais distante possível do cérebro
Usa muletas pra não cair
Mesmo não as precisando

De frente à depressão
Impulsiona para o salto
É dia de assalto
Tirar o quê de quem

E uem!

domingo, 5 de maio de 2013

Pretextualizar

Mas que loucura
Teorias guiadas às escuras
Preços e medidas que os meçam!
Fá-los terem a sobra
A desculpa pro que não presta
Isentam-lhes as cotas
Chicoteando as arestas

O suor é terceirizado
A informação, canalizada,
mastigada, pra tão logo digerir
E logrado o efeito
Mascaram-se os defeitos
Pra só então poder sorrir
e gozar do pleito

O crítico entrou em extinção
Risco à sobrevivência da humanidade
Uníssonos em uma canção
Boníssimos para sociedade
Fazem disso razão
E espalham pela cidade
Foragidos os que não, os que sim bem à vontade