sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Custo benefício

Ainda não se tornou uma daquelas fórmulas acadêmicas
Mas, com certeza, é uma corrente da Lei de Murphy
É sempre assim, com todos. Pesquisa pronta

Sempre que a escolha se aproxima
Chega a Caravana da Dúvida Cruel
Se não tiver aonde se segurar
Carregará, ela, juntamente com a trupe

Cada segundo perdido são centímetros
Medidas que de nós se leva, ou se tráz
O que ficará dependerá de capacidade
Só o tempo de vivência lhe dá agilidade

Talvez não seja o melhor a ser feito
Mas enquanto é "talvez", melhor viver antes que não
Não dá pra assistir tudo se indo. Passividade negada

Vou lá.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

"Pode ser que a maré não vire"

Ondulação mais severa
Vazantes e cheias ligeiras

Sol mar

Tê-la vista já não mais

De rir, vai-se

.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

En una via

Nessa parte não se conta aniversários
Assume a direção a sintonia, subjetiva
Ainda se consegue camuflar as coisas
As palavras que querem ser proferidas
Já estão entendidas sem pronúncias

Tudo muito novo de recente
E já tão óbvia consequência
Sabemos onde isso pode terminar
No começo de onde podemos chegar
Há muito o que aprendermos

Dois caminhos com vários dois caminhos
Enquanto sigo por aqui, me trazes sorriso
Reciprocidade continuamente prazerosa
Sem apertar o passo, nem correr
O especial acontece por naturalidade

Esquina.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Terminal

Satisfação pessoal foi "saltar" ali
Cada um fazendo sua parte
Uns pela roleta, outros não

Consciência passiva ou ativa
Pessoas iradas sem saber
Outras quietas cheias de certeza

De que valem esses extremos
Se ambos só agravam mais?
A resposta virá no próximo giro

Calados, bailando pelas pistas
Dormindo a cada ponto
Descendo sempre no ponto final.

domingo, 28 de novembro de 2010

Avesso

É que quando sai dessas vozes expressas
A vontade de dizer tudo o que não podes ouvir
Mas não por não querer ouvir, mas sim sem poder
O meio me diz o que não condiz, você não
Poderias me dizer tudo que fosse melhor para você
Me dirias o quão bom é o céu, o mar e a lua
Meu sorriso responde a altura de seu destino

Pena a ignorância não almejar a estatura
Fingiste não observar o que lhe deslumbra
Fazendo, da vontade, algo desesperador
Daquelas que nos designa da cabeça aos pés
Dar a cada um o que merece
Se faz a melhor de todas as preces
Esperando que, de qualquer forma
Tudo se esteja em paz, perseverante

Amém.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

...e ação!

Clareia e escurece
E sempre que isso acontece
Dá sequência a essas cenas

Papéis de mocinha e bandido
Alternando a coadjuvância
Drama, ação, humor,...

Controlo, porém não forço
O roteiro surpreendedor
Não é gravado, tudo ao vivo

Vontade e diversão.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Bonança safra

A vida tem andando muito mais serena
Não existe nenhuma intenção de inércia
Os olhos ficam bem abertos, cenas imperdíveis
De que lhe adiantaria todo o resmungo dispensável?
Parece que não, mas com certeza são desnecessários

As oportunidades vem, é a hora da sabedoria
Entrar em lugares errados lhe toma tempo
A vida voa! É bom conseguir sacar o que não serve
A recompensa é ter um futuro diverso de perda
Marcas de expressão facial de felicidade

Fica subentendido de longe a alegria
Não por parecer, é ser pra valer
Claro que inconstâncias são acontecimentos
Tem lá seu valor, dessa parte quero o mínimo possível
Poder contagiar quem anda comigo me traz paz.

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Aproveitar e comemorar aqui também o aniversário de nossa querida parceira.
Jordana, toda a equipe (risos) do /aventuradamente lhe deseja o melhor, sempre. Obrigado!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Véspera tu

Hoje o sol se dispôs mais cedo
Por entre as nuves, a idéia certa
Uma brisa matinal lhe faz mais bela
Desde logo em sintonia una

Já nos confundem
Confuso eles, nós não
Uma sensação ter, mesmo sem
Trás o sabor de conquista

Queria te levar pra perto do mar
Daqueles de finais de semana prolongados
Sem pressa, dividir os minutos
Fazer o tempo parar por instantes

Desfrutar da melhor comida e bebida
Da melhor cama e de ti, pela manhã morna
Tiras de beijos despertam o recomeço
Inteiro grude do dia todo. Risos

Dias de satisfação
És a dona do que guardo de melhor
A vida apaixonada é movente
Guia pra futuro incerto

Variáveis destinos à escolha
Que de ti apenas um me serve

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Enfim(o)(a)

Pensar em ti nesses fins de tarde
Emoldura o cenário do partir do sol
Bom é ter alguém como tu
Num dia como esse, despertas o amanhã
Um grude já desde cedo, um cheiro
Talvez seja nossa, música que nos faz a vontade
Seu lugar é reservado todos os dias

- Veja, o sol se pôs. Te vejo logo!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

00

- Por que tanto zero?
- Porque nenhum merece. Legenda.
- Mas de quem você tá falando, cara?
- Digo não só dos que põe a cara na frente, falo de todos que estão nos bastidores. E por que não até os que estão por trás dos bastidores.
- É, uma vez me disseram algo parecido. Coisa de uma corjinha que tem sintonia. Mais ou menos no estilo "uma mão lava a outra", e no final fica todo mundo satisfeito... E sempre tem uns que querem mais. Criam estandartes, defendem causas, se tornam a única esperança.
- Já me disseram que nesse caso é melhor escolher o menos pior... Me lembrei de uma vez quando fui numa igreja, e uma mocinha me perguntou o que era mais pecado, roubar uma pessoa ou matar uma pessoa. Não consegui ver nenhuma diferença suficientemente relevante no ato.
- Mas também, pera lá, coitados! Eles até querem reduzir a maioridade penal.
- Sim, é bem lógico. É mais mão-na-roda construir um monte de calabouço e dar um futuro de fim, do que assistência e oportunidade a quem está fazendo um futuro de começo. Progresso.
- Isso deve ser a sustentabilidade que tanto se fala. É assunto atual. Paliativos.
- Panis et circenses! E quem não quiser, dança! Quanto mais cedo, melhor. Estão com medo da outra organização político-criminosa que ameaça o poder destes. Paralelo acirrado.
- Jogo sujo. Nisso eu não me envolvo. Pelo menos não do jeito que eles dizem que é o que deve ser feito. Não é dando manutenção a máquina destorcida de democracia e liberdade que criaram, que vejo a melhoria.
- É só confirmar e ver o que dá. Pior do que tá, não fica... Se bem que, não querendo ser pessimista, ainda existe aquela lei que funciona muito bem, a Lei de Murphy.

Reinventar-se.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Aí, tá vendo?

Nem sei mais. Tanta coisa que nem sei mais
Não vejo a semana passar. E como passa!

Perdeu-se a graça, não mais vontade há
Ao ponto de trocar insônia por sono
Na tentativa de não querer o real
Mas não por preguiça ou comodismo
Sim pela envelhecência cotidiana

Quero tudo novo, de novo
Começar, desfrutar e terminar
O prazo quem dá é a vida



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Aproveitar e agradecer a todos que contribuiram pra'quela noite/madrugada do último sábado. Vontade infindável de não ter fim. Agora sinto que sei que sou um tanto bem maior! \o/
A poesia prevalece.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Soluto

Se tivesse vergonha na cara

Não lhe escreveria no vidro embaçado

Mas pintaria um quadro que nos eternizasse

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O ar de Graça ao jantar

Bem verdade dizer que "o esforço pra lembrar é a vontade de esqueçer"
Pode ser que diz se tratar de coisas opostas, de pessoas de outros lugares
Quando digo lugares, me refiro a importância. Contrastes de escolhas
De início, meio e fim imperceptíveis. Ver, de certo, tiraria a graça
Falo da vontade de fazer acontecer se opondo ao comodismo seguro
É saudade que bate à porta com destino novo, sem mapa ou bússola

Sempre que puder apareça, e que possa cada vez mais.


http://www.youtube.com/watch?v=HqKVn8zi9h4

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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Restinga

Saudade das tardes de violão na praia
Notas e melodias na hora
     Ma
  la    ba
     res    da vida, óculos escuros
Calça boca-de-sino, camisa feita a mão
Vento que
                     araç emb ava o cabelo feito arbusto
Pele ardida, sal, areia, só riso
Pés descalçados, trampos de adorno
O banho                   pele pura
               de         de
                    mar
Paisagem bela doperto ao l          onge
Bela menina que de mim gosta
Assim, até cartro o pneu do Fusca 66 era divertido





O can sa ço acabava só de lembrar de amanhã
O sambinhaAa na casa de Dora e Vicente
Tinha até uma poltroona que era meu lugar
De lá ninguém sai antes do fim
Fátima e Jonas ainda se amaVAM, sem brigas
Eu que tinha apresentado os do is
Que coisa. Muita coisa.

Que falta me faz.

domingo, 19 de setembro de 2010

"Magneticidade"

Ontem, no fim, já nem sabia
Não tinha mais consciência
Noite emendada do dia
Grandes consequências

Hoje, não vi você
Acabei passando perto
Daí sem querer, sem ver
Lembrei de ti. Deserto

Amanhã, tem abraço de saudade
Você cuida bem de mim, flor
Dízimas periódicas de vontade
Coisas típicas de amor

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

220v

Caminhando pela avenida
Observando a sombra que se move
Luz e penumbra se alternam
Poste-a-poste, som dos passos

O mundo da velocidade da luz
Sofre constantes picos de energia
O que nos move é o que movemos
Devolvem o que não queremos

Interruptores, intrarruptores
Nas mãos de quem puder
E quem quiser que não
Acende e apaga até queimar

De tão curto o circuito
Sobrecarga, descarga
Todos recarregando, plugados
Ligados e por um fio

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Daqui

Mesmo com todo esse vento sul
É muito bom ficar naquela rede da varanda
Olhar pro mar virar céu a noite
Duas luas, luz natural, reflexo

Melhor você trazer algo pra esquentar
Lá vem uma cortina de chuva no horizonte
Animais procurando abrigo. Nós
Contato pra chegar no lugar seguro

A escura imensidão do céu vira visão
Só pele nos protege a fora
A flora de perfume de ti emanada
Nem toda água do mundo sacia

É berrante a inexistência do tempo
Rapidez de infância, de vida toda
Amanhecendo. Melhor se absorve
Ensaiar e ronronar confissões

O olhar que vê todo o brilho do seu
Sorriso do mais singelo doce
Silêncio de comunicados mentais
É assunto de alma, alimento.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Qual é seu nome?

Nos dias de boas idéias
Pode haver falta de ouvintes
Uma pena não achar alguém merecedor
Não que pra isso precise ser destaque
Apenas diferente, si mesmo

Você me aparece com seu álbum de fotografias
Com sua caixa de cd's e o controle na mão
Deu até pra abrir aquela garrafa de vinho
Tira-gosto de lembranças, sorrisos, lágrimas
Até chegarmos em nós

Nesse dia decidimos, um dia nos veremos
Mas não vamos nos procurar, apenas esperar
A sintonia de escolhas casuais
Levam ao destino em comum, um encontro
Não sei nem se é merecimento

Peça de quebra-cabeça
Que você me venha sempre linda
Sempre bem vinda, sua morada
Com suas semelhanças e diferenças
Por inteira, devorar por inteira
Amo-te, beijos!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Passageiro

Tem coisas que a mente não se desprende, nem despede
Relatividade na intencidade e na duração de certas lembranças
Coisas que muitas vezes se tornam hábitos
Daquelas que não se precisa lembrar por ser frequente
Se livrar de um vicio se torna virtude
Por mais que não seja a vontade, mas não tinha jeito
Ter que revirar e mudar tudo em menos de 24h
Tempo suficiente pra acordar no outro dia
É um dom saber pensar em novos rumos na hora da dor
Ver pela janela do ônibus quem teve que saltar no próximo ponto
E depois não perder o rumo e ir parar no terminal.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Amazing speech by war veteran



Massa de manobra, fantoches e oligarquias

"...As armas são inofensivas sem pessoas dispostas a usá-las"

domingo, 18 de julho de 2010

Partir

Tem andado tudo tão inteiro
Que quando pensa, um "não" acaba
Vai saber quando, se bom ou ruim
A mudança que sempre é bem vinda
Trás à tona questões de vida
Entra no jogo o que já foi
E o que há de vir. Bagagem
Tirar a prova real, dever de casa
Ver as medidas da balança
Considerá-las ou não, por porções
Passadas largas.

domingo, 4 de julho de 2010

Independence Day

Daqueles dias que se abre a geladeira pra pensar
Depois volta lá pra ver se quer comer algo
Mas não é isso, o que alimentaria não está lá
Na verdade lá não é o seu lugar, pelo contrário
Os guardanapos e os fósforos estão guardados

O controle remoto da TV não tem descanso
Todos os canais já foram analisados
Nenhum destraia a verdadeira vontade
As janelas do computador já estão todas fechadas
Culpa dessa chuva-de-vento fria

O repertório do rádio não diz o que quer ouvir
O jardim tem flores neutras, úmidas
Não se vê um transeunte pelas avenidas
O assunto e o vinho estão no fim
Sobrou expectativas de boas noticias

Enfim, o que se esperar de um final de domingo?

domingo, 27 de junho de 2010

Remoto controle

Acho que já lancei muita semente ao solo.
Talvez escrever no blog não seja necessariamente "escrever um livro".
Filho é só uma questão de futuro.
Mas além de plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho, acho que o homem não deva fazer nada disso sem ter na essência o viver bem com as pessoas que o ama.
Lembrar que já aprendeu a lição de que não é preciso perder pra se dar valor, e que reviver algo do tipo já não é mais necessário. Dispensar a dor eventual. Irradiar conforto.

Acho que só escrevo hoje pra registrar algo que venho pensando há dias e que hoje parece que se tornou tão mais óbvio. Talvez as palavras se fizeram confusas, mas quero mesmo é agradecer.

Hoje me despeço agradeçendo a Frank Coraci, diretor do Filme "Click". Um dos melhores filmes já produzidos. Acho que ninguém precisa ser cinéfilo pra assim o julgar.
Recomendado sempre.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Lentes e réguas

Ninguém pode sair por aí dizendo que já viu de tudo nessa vida
Mal sabem quantas vezes já viveram, e se há essa oportunidade
Nem como seus olhos viram. Será que os azuis viram como castanhos?
A incrível sensação de liberdade incontrolável de limitar-se até o tudo
Podem apontar a linha imaginária que delimita o auge?

Derrube o muro
Perceba a vizinhança!

domingo, 6 de junho de 2010

Bienal

E nem treme a cara de quem dá a ordem
A cara de quem recebe por isso
Medidas esdruxulas geradas com preocupações
Nas coisas que nem sempre são prioridades
Num cenário de "fazer a ajuda chegar a todos"
Fazem um setor da economia girar
Superfaturamentos, imponentes, no meio das ruas
Debaixo dos narizes, mal-cheiro
Já nos deram máscaras, agora nem isso
Um vício de olfato, desapercebido

Fazem propaganda na TV campanhas
Obrigação popular, caso contrário
Desembolse o troco também
Um descaso! Humanidade?!
O que tem de humano nisso?
Mamam levando todos nos braços
Alguns nem os braços merecem
Boa idéia! Levantem dinheiro pra campanha
Financiem e exigem profissionais capacitados para tal
Isso aquece outro setor da economia.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Viração

Gira o cata-vento
A biruta não mais ocila, gira
Gretas que assobiam música de espanto
Tormenta de portas e janelas
A seguir tudo para
Como se nada estivesse acontecendo
Descuidamos na calmaria
Assustamos com o que vem em seguida
Um espetáculo do tempo
Luzes, olhares e ação!

Muitos não têm cultura
Vão em exposições e só veem borrões
Bendito sejam aqueles
Que da tormenta e da calmaria
Retiram inspiração pra experimentar
Cada manifestação passageira
Fechando os olhos óbvios
Tateando as nuances
Do presente que está a frente
Avisto a mudança!

terça-feira, 4 de maio de 2010

A Flor

Entre essas idas e vindas
A tendência é ser só ida e vinda
Hoje seu olhar tinha ido
Assim que te vi vindo

Amanhã quero ir junto
Mas não de encontro
Dá pra sentir sua necessidade
Aquela de lado a lado

Feliz de ter me devolvido
Aquilo que outrem me levara
Sorte de ter me entregado
Sorte de ter-me agradecido

Devolverei seu olhar de estrela
Em reciprocidade de bem querer
Ancioso pelo inveitável Big Bang
Só questão de tempo e fé

Fica bem, meu bem
Beijo em ti.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

sou

Se os gênios não tivessem se lançado
Se mártires não tivessem gritado
Se tivesse falado mais menos
Ou se fosse menos mais

Quem sabe seria menos mal
Quem sabe teria sido melhor
Quem sabe de tudo o que seria
Não sabe nada do que é

Nem como começou, terminou
Quiçá onde foi parar
“Quem sabe se” apenas deixa
Deixa tempo, coisas, pessoas, a vida.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ces't la vie

É ano de eleição e copa do mundo.
Arrisco-me a comparar e dizer que nossas vidas, por vezes, lembram uma candidatura e uma copa do mundo.
Estampamos nossos rostos e nossas propostas, talvez que até contenham uma dose ideológica, em "santinhos" e outdoor's por aí buscando aderência de seres similares, simpatizantes de idéias em comum, interesses, razões, sentimentos. As vezes nem fazemos campanha!
Passamos parte de nossas vidas treinando forte, simulando em sonhos o momento glorioso de levantar a tão esperada taça. Em nosso time sempre tem o dia de corpo mole, o dia de por gelo onde dói, dia de defender, de marcar(,) gols, por a faixa e gritar. As vezes entregamos a faixa e choramos (ato nobre, que também tem sua glória). Fair Play!
Certo é que sempre encontramos eleitores desacreditados e candidatos desonestos. Jogadores maldosos e árbitros filhos de pais desconhecidos. E por mais que algumas vezes os avistamos recebendo prêmios indevidos, temos que lembrar dos caminhos percorridos, de suas dietas alimentares de vistas grossas engolidas a seco, e aonde estes foram parar quando suas máscaras cairam.
Olhar pelo retrovisor e ver que ser você é a melhor campanha, por mais que se pague o preço de ser diferente e que não corresponda às expectativas alheias. Uma hora chega a hora de por as duas mãos na taça, aplaudidos por todos aqueles que torceram o tempo todo. E torcer pra que aqueles que não, guardem a lição de como se conquista a vida, não necessáriamente percorrendo o mesmo caminho, lembrando de que cada um faz o seu e que apenas levem consigo uma lição de que é impossível agradar a todos. E o que importa é ser agradável a si mesmo e a quem mereça parte de sua atenção.
Lembrar que de tempos em tempos temos eleições e copa do mundo.
Daí abrir as palmas das mãos, e poder contar nos dedos todos aqueles que são seus verdadeiros eleitores e torcedores, e ainda assim notar que sobram dedos pra se contar. Lembrando de alguns que já fizeram parte dessa escalação, que não fazem mais, não por maldade, mas sim por escolha do acaso ou do destino.


Estranho! Pensei que fosse poesia, mas deu prosa.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Vinte e poucos muitos

Mal tinha aberto os olhos hoje pela manhã, e ainda sentia a satisfação eufórica de ter vivido um dos melhores dias da minha vida. De ter ouvido o boato, que de fato era verdade, de que não era só eu que sentira o que se surtia com o impacto de todas aquelas gargalhadas dispojadas desordenadamente.
Um dia daqueles porretas! Daqueles que você sente seu valor e valoriza!
A vontade de estar com todos me fazia querer o poder de onipresença, vontade de espalhar minhas coisas e juntar as dos outros. Até quem não tinha nada a ver, apareceu pra mostrar o que ainda não havia visto. Queria todos os que não estiveram fisicamente presentes.

Não quero agradecer a vida gritando por aí: "Obrigado!", prefiro retribuir colocando essa satisfação de vida em cada um que me cerca, de cada pessoa que me faz maior, e deixar as palavras pro subjetivo. Absorver das noites mal dormidas, das manhãs mal acordadas ou até quem sabe nem isso, apenas a vontade de viver de olhos bem abertos. Atingir a vibração de toda a sintonia apenas com gestos, entrosamento puro.

Há correntes que dizem que se todos os dias fossem assim, não teria graça. Tudo bem, concordo, mas pelo menos podia ser semanal! Rá! Talvez devessemos criar mais um feriado nacional! Exagero?
Talvez a progressão numérica disposta na minha idade sirva como um símbolo. Pra pelo menos segurar a vontade de que chegue a próxima vez, sempre tendo como referência o respeito pela ordem natural das coisas, pra não atropelar nenhum aprendizado. Pois destes tais, não quero desperdiçar nenhum.

Repito: "Momenciar" segue sendo o estandarte que levo em punho.

Parabéns pra todos! O que houver de melhor nessa vida!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Frater

O espaço ocupado pelas bagagens
Ficou mais apertado na volta
A felicidade implantada será irradiada
Disseminada entre pessoas que amo
Todas aquelas que lembrei quando longe
As mesmas que não saem de mim
Nessa pequena lista pesada
Alguns estavam perto

Já não vejo a hora de ver
De rever aqueles sorrisos inconfundíveis
Cada um em sua melodia
Todos aqueles que não vi, mas imaginei
Ah! Como queria que tivesse sido
Momento de todos nós, uno
Temos nossas vidas e todo o tempo que resta
Obrigado por tudo e desculpa por qualquer coisa.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

60'

Nesses dias de fôlego
Dá pra sentir o ar puro
Em cada respirada profunda
No que o pensamento se funda

O negócio negou tudo de vez
Até o ócio de cogitar algo
Por quanto tempo aguentaremos
Sem abrir a válvula de escape?

Já foi tudo padronizado
Está em nosso relógio biológico
Em alguns casos, até horário de verão
Deveremos mais o quê?

Não sei se sobra tempo pra sobreviver
Mas talvez no dia que diminuirmos uma hora
Poderemos cogitar no próximo
Em nós e até no viver.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Ah! Ventura.

Carregaria-te nos braços
Do meu pensamento
Sabendo que enfim, com o vento
Me assopraria para um porto seguro
Espalhando tudo que sei por aí
E aprendendo tudo o que não.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Clichê diário

No calor do vermelho pele
Com pés de areias inconstantes
Abraçado pela água gelada
Nos mais variados tons de risos
O desenho encantador
De uma boca que sorri
Sob aquele céu aberto
Que evidencia o contorno
E as nuances de curvas
Eu quero é mais.

Assim se leva as férias.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Sonorexia

Já deixei papéis escritos sobre a mesa
Com pensamentos sob mim
De letras sobre ti
Já passei momentos
De sentir sobre você
E senti momentos de estar sob você
Ao ponto de não saber do óbvio
De crer que é possível
Mas sem isso, não há o que escrever.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Horizontal

O que é dizer que o amor não existe?
Ele está sempre lá. Intocável!
Cada um com sua forma
Está na incondição
De saber compreender
O amor do próximo

No que cada paradigma
Pode oferecer
Nas frases bem-ditas
Nas frases mal-ditas
Que cada ser profere

O amor está
Nas palavras indisponíveis
Nos gestos inexpressíveis
De cada mente
Que abra espaço
Para o sentimento que grita