Com o advindo virtual
Leva-se ao centro do facejúri
Uma decisão de Tribunal
Irrecorrível, imperiosa
Não se ouve mais o real
Entrar pras estatísticas de pódio
Dos mais novos empregos:
Fiscal de ânus e Promotor de ódio
Vive-se mais de outros
Meios para fins sórdidos
Arraiga-se o saber de descrença
De esperar por conciência
Do ser que sequer pensa
E que requer maior paciência
Pelo futuro da esperança
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
Take it rise
A crise como oportunidade
Uma desculpa simples de retomada
Elaborada para querer o cedido
Sem contar para quem
Numa TV sintonizada
E cenário escondido
Uma crise para cada um
Em sua indevida proporção
Sobre os pobres, mais carga
Sobre os ricos, não
Um beijo que sempre amarga
A velha marca da traição
Uma desculpa simples de retomada
Elaborada para querer o cedido
Sem contar para quem
Numa TV sintonizada
E cenário escondido
Uma crise para cada um
Em sua indevida proporção
Sobre os pobres, mais carga
Sobre os ricos, não
Um beijo que sempre amarga
A velha marca da traição
Decompositor
Da ressaca dos festivais
Aos tapas do dia a dia
Uma aprovação sumária
Do que se auto decidira
Abre-se mão do formal
Lança-a sobre a forma
O mofo do ranço germina
Em questões de segundos
Seguido de um encegamento
à la verme - dilacerador
Pondo de pronto em xeque
letra e melodia do compositor
E lá se vai a banda
Aos tapas do dia a dia
Uma aprovação sumária
Do que se auto decidira
Abre-se mão do formal
Lança-a sobre a forma
O mofo do ranço germina
Em questões de segundos
Seguido de um encegamento
à la verme - dilacerador
Pondo de pronto em xeque
letra e melodia do compositor
E lá se vai a banda
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
De primeira
Os tempos áureos na memória
Imperecem em sua história
Repetem-se em breves loopings
E novamente se repetem
Antropofagicamente
Lembranças de falas indubitáveis
Passeatas, pedaladas e cavalgadas
Todo o trajeto à vitória
Direções e coordenadas
Da força ante o social
Entoa coro de felicidade
Segura a barra quando ninguém
Por vezes sem discernir
Pulsa-lhe a essência firme
Vão-se os dedos, ficam os anéis
Os tempos áureos na memória
Imperecem em sua história
Repetem-se em breves loopings
E novamente se repetem
Antropofagicamente
Imperecem em sua história
Repetem-se em breves loopings
E novamente se repetem
Antropofagicamente
Lembranças de falas indubitáveis
Passeatas, pedaladas e cavalgadas
Todo o trajeto à vitória
Direções e coordenadas
Da força ante o social
Entoa coro de felicidade
Segura a barra quando ninguém
Por vezes sem discernir
Pulsa-lhe a essência firme
Vão-se os dedos, ficam os anéis
Os tempos áureos na memória
Imperecem em sua história
Repetem-se em breves loopings
E novamente se repetem
Antropofagicamente
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
O quinto
Vamos lá, minha gente
É só isso mesmo?
Diariamente o mesmo roteiro
Só de ouvir, dói a cabeça
O corpo sente, a alma corrói
Afinal, é isso que faz gente
Repetir-se di-a-ri-a-men-te
O mesmo sono
A certa hora de sorrir
Por-se demais, destoa
O dono da banca não perdoa
Vende pregos para cruzes
Anuncia a venda como boa
Expondo seus corpos escravos
Pregados e estirados
E o melhor, produto fretado
Em pé, para melhor acomodá-lo
Tudo pensado à base de satisfação
Ninguém sai insatisfeito deste balcão
A mercadoria serve, sendo latente
Então é isso, minha gente!
Algum dia alguém, não se sabe quem
Reinventará remédios aos doentes
Um afago na embalagem
Uma esmola aos carentes
É só isso mesmo?
Diariamente o mesmo roteiro
Só de ouvir, dói a cabeça
O corpo sente, a alma corrói
Afinal, é isso que faz gente
Repetir-se di-a-ri-a-men-te
O mesmo sono
A certa hora de sorrir
Por-se demais, destoa
O dono da banca não perdoa
Vende pregos para cruzes
Anuncia a venda como boa
Expondo seus corpos escravos
Pregados e estirados
E o melhor, produto fretado
Em pé, para melhor acomodá-lo
Tudo pensado à base de satisfação
Ninguém sai insatisfeito deste balcão
A mercadoria serve, sendo latente
Então é isso, minha gente!
Algum dia alguém, não se sabe quem
Reinventará remédios aos doentes
Um afago na embalagem
Uma esmola aos carentes
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
Reverse
A vida crua aqui é indigna
A ficha cai com o fim da inocência
Cercados pelos sentidos de dor e ódio
Consumidos pela influência, por pódio
Quando no peito não há tiro
Há medalha de sorte no mérito
Há derrota da morte pra sobrevida
Não estira, apenas existira
Chapéu se tira pra quem vê
Na vida a glória de ensaiar viver
Torcer o simples e colher o pouco
O pouco que ainda preenche sufoco
É a beleza localizada na mente
Doentes as de alguns indigentes
E fortuna boa ao humildes de essência
Garantidora da longevidade e vivência
terça-feira, 25 de julho de 2017
A priori
Nem sido fácil tem
Um furo no sapato do descalço
Sono leve de pavio curto
Um grito para derrubar os muros
Buracos no colchão são refúgios
Umas bagagens na bolsa velha
Camisa sem primeira casa
Uma lista de futuros urgentes:
saúde, paz e amor.
Um furo no sapato do descalço
Sono leve de pavio curto
Um grito para derrubar os muros
Buracos no colchão são refúgios
Umas bagagens na bolsa velha
Camisa sem primeira casa
Uma lista de futuros urgentes:
saúde, paz e amor.
quarta-feira, 19 de julho de 2017
Frente Fria
Os dedos no teclado cotidiano
Olhos em palavras de terceiros
Rangidos entre dentes no quarto
A mão no cabelo enrolado
Um radar para multar o calendário
ou um buraco de dedão no sapato
Sem paradas despreparadas
Divórcio da essência e o palpável
Simplifica a capacidade da paz
a pouco mais de seis metros quadrados
Cercada pelas paredes do silêncio
A alma deita e se esquenta
Olhos em palavras de terceiros
Rangidos entre dentes no quarto
A mão no cabelo enrolado
Um radar para multar o calendário
ou um buraco de dedão no sapato
Sem paradas despreparadas
Divórcio da essência e o palpável
Simplifica a capacidade da paz
a pouco mais de seis metros quadrados
Cercada pelas paredes do silêncio
A alma deita e se esquenta
quinta-feira, 13 de julho de 2017
Amarela
Andando pelo campo verde
Sentindo cheiro de espaço
A distância entre mim e ninguém
Margem circular ao rodar os braços
Olhando para o próprio flerte
Recaído sobre o teu encanto
Encontrar-te dentro do uno
Notícia dada em envelopes e laços
Entretanto risco, embora ter-te
É alimento da vida, brasa viva
Faz-se vício, face ao tempo
Movimenta frente e entoa passos
Sentindo cheiro de espaço
A distância entre mim e ninguém
Margem circular ao rodar os braços
Olhando para o próprio flerte
Recaído sobre o teu encanto
Encontrar-te dentro do uno
Notícia dada em envelopes e laços
Entretanto risco, embora ter-te
É alimento da vida, brasa viva
Faz-se vício, face ao tempo
Movimenta frente e entoa passos
quarta-feira, 24 de maio de 2017
Una mas
Como sair do celeiro
De sua zona de conforto
Arcos, aros e maracatus
Samba do Rio de Janeiro
Curtido desde o aeroporto
Amigos de sorrisos nus
É desdobrar o papel de mundo
Percorrer outros ares
Fotografias em nova realidade
Línguas dobradas em segundos
Artesanais, carnes e mares
Uma volta que aguarde
No centro da história
Tranquilidade referencia
Bons Vivants espalhados
O verde da vitória
Nos dedos diferencia
Animais bravos dos mansos
O aroma da melhor colônia
Em notas de mar e guitarra
Retorno entre antigo e moderno
Suspiro gravado na memória
Bagagens de volta pra casa
Passagem daqui pro eterno
De sua zona de conforto
Arcos, aros e maracatus
Samba do Rio de Janeiro
Curtido desde o aeroporto
Amigos de sorrisos nus
É desdobrar o papel de mundo
Percorrer outros ares
Fotografias em nova realidade
Línguas dobradas em segundos
Artesanais, carnes e mares
Uma volta que aguarde
No centro da história
Tranquilidade referencia
Bons Vivants espalhados
O verde da vitória
Nos dedos diferencia
Animais bravos dos mansos
O aroma da melhor colônia
Em notas de mar e guitarra
Retorno entre antigo e moderno
Suspiro gravado na memória
Bagagens de volta pra casa
Passagem daqui pro eterno
terça-feira, 11 de abril de 2017
Conexão
Anos de labor
Ofício de segunda a segunda
Banaliza o sabor
Inexplica a pergunta
Padrões e porões na memória
Rascunhos à limpo
Pessoas e glórias
Dividindo caminhos
Outras bagagens e passagens
Novos destinos
Decolagens
Lembranças e saudades
Voos domésticos
Aterrissagem
segunda-feira, 20 de março de 2017
Porta 7
Se por ruelas o samba se esvai
Estão nos blocos, os caminhos do centro
O som da baqueta na pele
Reverberando pelas paredes antigas,
Sacudindo as estruturas em rede,
E, por vezes, causador de intrigas
Se sambar fosse fácil,
o salto percorreria mais um metro
Descalço, o sol sobre o asfalto
Ditando a impulsão do solado
Rodopiando-se por vento certo
Esbarrando no tolo e no esperto
Uma carona de catraia à vapor
Em navegação marolada
Como Cabral a caminho das Índias
Último enredo antes do final
Andar na calçada e furar o sinal
Vê-se a pedra e a curva
Estão nos blocos, os caminhos do centro
O som da baqueta na pele
Reverberando pelas paredes antigas,
Sacudindo as estruturas em rede,
E, por vezes, causador de intrigas
Se sambar fosse fácil,
o salto percorreria mais um metro
Descalço, o sol sobre o asfalto
Ditando a impulsão do solado
Rodopiando-se por vento certo
Esbarrando no tolo e no esperto
Uma carona de catraia à vapor
Em navegação marolada
Como Cabral a caminho das Índias
Último enredo antes do final
Andar na calçada e furar o sinal
Vê-se a pedra e a curva
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Deslimitarizar
Uma manada sem calma
Urrando o que se manda
Marchando sob a flâmula
Aponta a direção futura
Expõe a ferida e o sangue
Esconde-se a fratura
O que lhe convêm, enaltece
Desconhece a história
Logo, de onde vem
Visualizando apenas a glória
Segue desfilando Hollywood
Não descansa quando anoitece
No claro do dia se projeta
O medo espalhado no escuro
Poeira criada como escudo
Restando apenas que se proteja
De suas próprias patas
E do ódio que das mãos goteja
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
Ultrapassagem
O trapaceiro, mentiroso
Não perdura no real
Ilusão criada pra si
Sem base, tudo pelo ar
Articulações precárias
Soluções arbitrárias
Suicida sua moral
Pra que no final
Tenha um vira-latas
Que lamba seus sapatos
Envernizados em lama
A troco de farrapos
Rejeita nos outros
O que não pode ser
Vomitando risadas
Sem ter do que rir
Longe do chão
Mas perto da queda
Pode atrapalhar
Parar, jamais!
Não perdura no real
Ilusão criada pra si
Sem base, tudo pelo ar
Articulações precárias
Soluções arbitrárias
Suicida sua moral
Pra que no final
Tenha um vira-latas
Que lamba seus sapatos
Envernizados em lama
A troco de farrapos
Rejeita nos outros
O que não pode ser
Vomitando risadas
Sem ter do que rir
Longe do chão
Mas perto da queda
Pode atrapalhar
Parar, jamais!
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
FPS 30
Feridas visitadas
De portas atadas
Selando o remendo
Indo casa por casa
Prosa jogada na cozinha
Mesa posta
O sujo foi para área
Lavado e batido à mão
Quarando estão ao sol
O de verão é ágil
Seca, mas não torce
E se bobear, queima
Passa-se um lado,
Amarrota-se o outro
E haja vapor
pra afastar o calor
De portas atadas
Selando o remendo
Indo casa por casa
Prosa jogada na cozinha
Mesa posta
O sujo foi para área
Lavado e batido à mão
Quarando estão ao sol
O de verão é ágil
Seca, mas não torce
E se bobear, queima
Passa-se um lado,
Amarrota-se o outro
E haja vapor
pra afastar o calor
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Bonan Novjaron
Querem de ti
O que não podem ser
Dependentes do que és para tanto
Não, já não causa espanto
Sentenças batidas
Convertendo-se em verdades
É como antigamente
Assumia-se a mão
De poucos anéis
Hoje são mãos dentro do bolso
Pra não dizer ao alto
Tomando a moral de assalto
Na consulta do crédito
O nome negativado
Leva pra longe o circuito
Fechando-se em curto
O que fora conduzido
Mas nem sempre manipulado
O que não podem ser
Dependentes do que és para tanto
Não, já não causa espanto
Sentenças batidas
Convertendo-se em verdades
É como antigamente
Assumia-se a mão
De poucos anéis
Hoje são mãos dentro do bolso
Pra não dizer ao alto
Tomando a moral de assalto
Na consulta do crédito
O nome negativado
Leva pra longe o circuito
Fechando-se em curto
O que fora conduzido
Mas nem sempre manipulado
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