Vamos lá, minha gente
É só isso mesmo?
Diariamente o mesmo roteiro
Só de ouvir, dói a cabeça
O corpo sente, a alma corrói
Afinal, é isso que faz gente
Repetir-se di-a-ri-a-men-te
O mesmo sono
A certa hora de sorrir
Por-se demais, destoa
O dono da banca não perdoa
Vende pregos para cruzes
Anuncia a venda como boa
Expondo seus corpos escravos
Pregados e estirados
E o melhor, produto fretado
Em pé, para melhor acomodá-lo
Tudo pensado à base de satisfação
Ninguém sai insatisfeito deste balcão
A mercadoria serve, sendo latente
Então é isso, minha gente!
Algum dia alguém, não se sabe quem
Reinventará remédios aos doentes
Um afago na embalagem
Uma esmola aos carentes
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
Reverse
A vida crua aqui é indigna
A ficha cai com o fim da inocência
Cercados pelos sentidos de dor e ódio
Consumidos pela influência, por pódio
Quando no peito não há tiro
Há medalha de sorte no mérito
Há derrota da morte pra sobrevida
Não estira, apenas existira
Chapéu se tira pra quem vê
Na vida a glória de ensaiar viver
Torcer o simples e colher o pouco
O pouco que ainda preenche sufoco
É a beleza localizada na mente
Doentes as de alguns indigentes
E fortuna boa ao humildes de essência
Garantidora da longevidade e vivência
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