quarta-feira, 11 de março de 2009

Amargo

Mas se sente
Vai da importância
Homem, mulher, amigo, parente
Que por insistência
Negam onde são

Encena ver tanta gente passar
Dá pena saber que nem estão
De suas vidas têm medo de gastar
Oitenta anos a mais, menos viverão
Ou tentam ao menos sem mais

Aí é tarde
Perdeu-se a manhã dos sinais
De calor de sol que arde
Acorda amanhã o mesmo dos demais
O mesmo, outro dia

Ignorando acontecimentos
Daquela mesma cara que sorria
A cada dia acontece menos
Anoitecer torna mais fria
Tempos que se vão

Engana a si e finge a outrem
Sem ao menos previsão
Das mesmas coisas futuras
Que passadas se repetirão
Agora.

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