domingo, 15 de novembro de 2009

Gotagota

É como a terra que está sob a beira de um telhado
Por mais insistente que seja a goteira
Uma hora o impacto dos pingos não causam mais erosão
São todos absorvidos pela poça que se forma ali
Porém, esporadicamente, vem a enchurrada
E leva aquela água e também parte do terreno
Trazendo água e terra nova.
Tudo novo, de novo.

Um comentário:

Nauta disse...

invocação de um dia líquido.

eu me vi olhando os pingos com os
bruços na janela.
no exato meio do poema.
entre o telhado e a terra,
deburçado na janela da alma.