quarta-feira, 19 de março de 2014

CoLapso

O absurdo é possível
Condicionado ao vulnerável
Dispensando-se o crítico

Ah, não! Desse, não!
Do crítico não precisamos
Precisamos de uma mão
Bradavam, escondidos

Há cinquenta anos
Trocou-se a ameaça por ditadura
Numa desculpa importada

A cortina linha-dura
Fez do vermelho, sangue
Do branco, do negro
Dos corpos e das almas

Cruz e espada de um só lado
Ultrapassaram o passado
Vivas em desculpas esfarrapadas

E a rédia vai no povo
Dinheiro vai pro bolso
Na bolsa, o ópio
No fundo a vida do pobre

O absurdo é possível.

Um comentário:

Nauta disse...

O absurdo contra a nostalgia.
Assim diria Camus.