O absurdo é possível
Condicionado ao vulnerável
Dispensando-se o crítico
Ah, não! Desse, não!
Do crítico não precisamos
Precisamos de uma mão
Bradavam, escondidos
Há cinquenta anos
Trocou-se a ameaça por ditadura
Numa desculpa importada
A cortina linha-dura
Fez do vermelho, sangue
Do branco, do negro
Dos corpos e das almas
Cruz e espada de um só lado
Ultrapassaram o passado
Vivas em desculpas esfarrapadas
E a rédia vai no povo
Dinheiro vai pro bolso
Na bolsa, o ópio
No fundo a vida do pobre
O absurdo é possível.
Um comentário:
O absurdo contra a nostalgia.
Assim diria Camus.
Postar um comentário