Já não se fazem nuncas como os de antigamente
Hodiernamente, poucos são os que restaram
Feitos meta, sucumbem um-a-um
Assim como os sempres que se passaram
A língua entre a pressão dos dentes
Remete à dor dos vocábulos proferidos
É sangue vertido pelos diálogos
Locupletando a taça dos monólogos
Faz-se brinde ao que fora ao vento
E ao que chegara superveniente
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Quedê?
A arte que parte
Na tarde que arde
Besteiras de alarde
Da parte que arde
Embora que tarde
Resulta de arte
Na tarde que arde
Besteiras de alarde
Da parte que arde
Embora que tarde
Resulta de arte
quarta-feira, 16 de julho de 2014
0,42 segundos
Pior quando lhe travam por si
Sem saber a quem, sem saber a qui
Que pese todo o feito
Seja ele bom ou quase perfeito
O que a inconsequência perde
pra tudo o que não se tem razão
De ruim, quando descamba pra má ventura
De melhor quando se vive, se respira
Sem saber a quem, sem saber a qui
Que pese todo o feito
Seja ele bom ou quase perfeito
O que a inconsequência perde
pra tudo o que não se tem razão
De ruim, quando descamba pra má ventura
De melhor quando se vive, se respira
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Tamisação
Como moeda que cai na areia da praia
Enfiada no mundarel de grãos
Esperando por um vento maral
Que lhe descobrisse até que a vejam
Até que deem seu valor
Enfiada no mundarel de grãos
Esperando por um vento maral
Que lhe descobrisse até que a vejam
Até que deem seu valor
terça-feira, 25 de março de 2014
Tiração
Tirei minha primeira folga
E fui trabalhar
Tirei minha segunda
Indo estudar
Tirei a terceira folga
Pra tentar dormir
Daí fiquei exausto
Cheio de grana
E não quis mais tirá-las
Assim, tirei o trabalho
E não produzi
Tirei-me os estudos
E emburreci
Dos sonos tirados
Colori as olheiras
Daí fiquei com a liberdade
Cheio de pobreza
E resolvi não tirar mais nada
Agora acrescento medidas razoáveis
de 'cada coisa no seu lugar'
E corro da falta e do excesso
Sempre acompanhado de perto
pelo 'sem tirar, nem por'
Deixando estar errado ou certo
Sem início, nem fim
Apenas meio.
E fui trabalhar
Tirei minha segunda
Indo estudar
Tirei a terceira folga
Pra tentar dormir
Daí fiquei exausto
Cheio de grana
E não quis mais tirá-las
Assim, tirei o trabalho
E não produzi
Tirei-me os estudos
E emburreci
Dos sonos tirados
Colori as olheiras
Daí fiquei com a liberdade
Cheio de pobreza
E resolvi não tirar mais nada
Agora acrescento medidas razoáveis
de 'cada coisa no seu lugar'
E corro da falta e do excesso
Sempre acompanhado de perto
pelo 'sem tirar, nem por'
Deixando estar errado ou certo
Sem início, nem fim
Apenas meio.
quarta-feira, 19 de março de 2014
CoLapso
O absurdo é possível
Condicionado ao vulnerável
Dispensando-se o crítico
Ah, não! Desse, não!
Do crítico não precisamos
Precisamos de uma mão
Bradavam, escondidos
Há cinquenta anos
Trocou-se a ameaça por ditadura
Numa desculpa importada
A cortina linha-dura
Fez do vermelho, sangue
Do branco, do negro
Dos corpos e das almas
Cruz e espada de um só lado
Ultrapassaram o passado
Vivas em desculpas esfarrapadas
E a rédia vai no povo
Dinheiro vai pro bolso
Na bolsa, o ópio
No fundo a vida do pobre
O absurdo é possível.
Condicionado ao vulnerável
Dispensando-se o crítico
Ah, não! Desse, não!
Do crítico não precisamos
Precisamos de uma mão
Bradavam, escondidos
Há cinquenta anos
Trocou-se a ameaça por ditadura
Numa desculpa importada
A cortina linha-dura
Fez do vermelho, sangue
Do branco, do negro
Dos corpos e das almas
Cruz e espada de um só lado
Ultrapassaram o passado
Vivas em desculpas esfarrapadas
E a rédia vai no povo
Dinheiro vai pro bolso
Na bolsa, o ópio
No fundo a vida do pobre
O absurdo é possível.
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